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Doença de Alzheimer e a cannabis como tratamento

Os benefícios da planta para melhora da qualidade de vida dos pacientes

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 

À medida que as pesquisas avançam, cada vez mais surgem evidências que a cannabis pode oferecer benefícios significativos no tratamento dos sintomas associados ao Alzheimer. 

O que explica esses benefícios é a interação dos compostos químicos presentes na planta, chamado de cannabinoides, com o organismo humano através do Sistema Endocannabinoide, um complexo e importante sistema que é responsável por promover o equílibrio das funções vitais do corpo. Entenda mais sobrr o sistema endocannabinoide clicando aqui. 

Os benefícios da cannabis para a doença de Alzheimer

  1. Redução da Inflamação Cerebral:

Estudos têm demonstrado que os compostos ativos da cannabis, conhecidos como canabinoides, possuem propriedades anti-inflamatórias. A inflamação no cérebro é uma característica comum da doença de Alzheimer e a capacidade da cannabis de reduzir a inflamação pode ajudar a proteger os neurônios e a preservar as funções cognitivas.

  1. Alívio dos Sintomas de Agitação e Ansiedade:

Pacientes com Alzheimer muitas vezes experimentam agitação, ansiedade e irritabilidade, especialmente nas fases mais avançadas da doença. A cannabis, em particular o canabidiol (CBD), mostrou-se eficaz na redução da ansiedade e na promoção da sensação de calma e relaxamento, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores.

  1. Estimulação do Apetite:

A perda de apetite é comum em pacientes com Alzheimer, o que pode levar a problemas de desnutrição e perda de peso. Alguns estudos indicam que o uso de cannabis, especificamente o tetrahidrocanabinol (THC), pode estimular o apetite e aumentar a ingestão de alimentos, contribuindo para a manutenção de um peso saudável.

  1. Melhoria do Sono:

Distúrbios do sono são frequentemente relatados por pessoas com Alzheimer e seus cuidadores. O uso de cannabis, especialmente variedades ricas em CBD, tem sido associado a uma melhoria na qualidade do sono, ajudando os pacientes a adormecer mais facilmente e a ter um sono mais profundo e reparador.

  1. Proteção dos Neurônios:

Alguns estudos pré-clínicos sugerem que certos canabinoides, como o THC e o CBD, podem ter propriedades neuroprotetoras, ajudando a proteger os neurônios do cérebro contra danos e degeneração. Isso pode desempenhar um papel crucial na desaceleração da progressão da doença de Alzheimer e na preservação das funções cognitivas.

Embora esses benefícios sejam promissores, é importante frisar que mais pesquisas seguem avançando para entender de forma cada vez mais ampla o papel da cannabis no tratamento da doença de Alzheimer. 

Além disso, é essencial consultar um médico antes de iniciar qualquer forma de tratamento com cannabis, especialmente para idosos ou pacientes com condições médicas preexistentes, para garantir sua segurança e eficácia.

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Evidências científicas recentes

Uma série de estudos científicos têm oferecido insights valiosos sobre os potenciais benefícios da cannabis no tratamento dessa doença devastadora. 

Uma pesquisa publicada no periódico Journal of Alzheimer’s Disease examinou os efeitos dos canabinoides no cérebro de pacientes com Alzheimer. 

Os resultados indicam que os canabinoides têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, reduzindo tanto a inflamação quanto o estresse oxidativo no cérebro, processos que desempenham um papel crucial na progressão da doença

Um novo trabalho conduzido por pesquisadores do Instituto Salk para Pesquisas Biológicas, nos Estados Unidos, aponta que um terceiro canabinoide, menos conhecido, tem despertado o interesse da comunidade científica e pode ter um potencial maior para tratamento nos casos de diagnósticos neurológicos: o canabinol (CBN).

No Brasil, cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) conduzem os maiores ensaios clínicos do mundo para avaliar como o uso de substâncias extraídas da Cannabis sativa, a planta da maconha, podem colaborar para o tratamento das doenças de Parkinson e Alzheimer.

No total, 140 pacientes participarão dos dois estudos – 70 com cada doença. Os testes devem durar cerca de três anos e envolvem pesquisadores de três instituições e avaliações em Florianópolis (SC), Rio do Sul (SC) e Foz do Iguaçu (PR).

“O nosso trabalho vai avaliar esses efeitos dos canabinoides por três anos. Então esse também é um diferencial, porque sabemos que às vezes um tratamento pode ser eficaz no início, mas o benefício não se manter a longo prazo. De fato, a gente não tem um estudo ainda avaliando isso, se a longo prazo esses canabinoides são eficazes para o Parkinson e o Alzheimer”, complementa o pesquisador e professor Rui Prediger, coordenador do estudo no âmbito da UFSC.

Essas evidências científicas recentes sugerem que a cannabis pode oferecer benefícios significativos no tratamento da doença de Alzheimer, desde a redução da inflamação cerebral até o alívio dos sintomas comportamentais e psicológicos. 

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