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Como identificar a qualidade dos óleos da cannabis

8 dicas que vão te ajudar a fazer a escolha certa.

No que diz respeito ao uso clínico da cannabis enquanto via de tratamento, a indicação mais comum é do remédio em forma de óleo. Mas, você sabe como identificar a qualidade do produto?

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Antes de mais nada, é importante que o paciente tenha passado por um profissional prescritor de cannabis que vai identificar a patologia e a melhor administração do produto. 

Os óleos são uma combinação do extrato de cannabis, que concentra os princípios ativos extraídos da planta (cannabinoides – entre eles o THC e CBD – terpenos, flavonóides e outras moléculas) e que depois é  diluído em óleo carreador (normalmente óleos vegetais comestíveis como azeite de oliva e óleo de coco), para facilitar a administração e o armazenamento. 

É possível encontrar óleos de expectro completo ou espectro amplo (full spectrum, broad spectrum), mas também de isolados. Saiba a diferença entre eles nesse link.

 Os extratos medicinais de cannabis em geral requerem atenção e precisão na hora de prepará-los. As preparações artesanais dificilmente trazem qualquer informação no rótulo, porém, produtos importados não significam necessariamente maior qualidade, ou que você saiba tudo sobre ele.

Ao total são sete produtos de Cannabis aprovados com base na RDC 327/2019 uma norma que tem permitido que produtos produzidos por empresas certificadas possam ser disponibilizados nas farmácias e drogarias do Brasil. 

Existem alguns fatores que são importantes de serem observados na hora da aquisição do produto.
São eles:

imagem freepick

1) Origem do material.

A variedade da planta cannabis utilizada no preparo do óleo é determinante para o resultado do produto. A genética da planta mostra se terá mais teor de CBD, THC ou de outros cannabinoides. Se o óleo é full spectrum, outros compostos benéficos da planta como os terpenos e flavonoides estão presentes. A quantidade e proporção dos princípios ativos podem ser alteradas pelas características do cultivo, se for o caso de um cultivo caseiro, mas a genética da planta será o fator predominante.

2)Técnicas de Cultivo

Existem muitas técnicas de cultivo de cannabis, seja em ambientes fechados (luz artificial) ou ao ar livre (luz solar). O ambiente fechado permite mais controle da contaminação ambiental, mas pode ser mais propenso a apresentar contaminação por concentração de nutrientes mineralizados. Dê preferência para o produto cultivado de maneira orgânica.

3) Composição do produto

É importante identificar a proporção de canabinóides que cada frasco tem, a mais significativa é a proporção THC:CBD, já que proporções diferentes resultam em efeitos diferentes. Informações sobre outros canabinóides menores assim como terpenos e flavonóides devem ser consideradas sempre que possível, pois influenciam no resultado.

4) Concentração 

A quantidade de extrato original de cannabis ou dos canabinóides principais por mililitro de óleo total no gotero, se chama concentração. É fundamental conhecer essa informação para poder dosificar corretamente. Se o provedor não sabe essa informação, melhor ficar longe deste produto. Normalmente, quanto maior a viscosidade do produto maior concentração terá.

5) Processo de Extração

Existem muitos métodos de extração do óleo. No caso do uso de algum solvente, identificar qual foi usado e como foi feito o processo de remoção desse solvente. Se essa etapa não foi realizada completamente ou se foi usado algum tipo de contaminante tóxicos para estabilizar ou preservar, o produto final está comprometido e pode causar problemas a curto e longo prazo.
Como regra geral, fique longe de produtos extraídos com butano, propano, naftalina, gasolina, álcool desnaturado ou isopropílicos.
Prefira produtos sujeitos a solventes não tóxicos, como álcool etílico, dióxido de carbono de alta pressão, rosin, manteiga ou óleos vegetais em geral, como azeite, gergelim ou coco.

6) Informe-se sobre a procedência do óleo

Não importa se é um grande produtor industrial ou um pequeno produtor artesanal, ambos podem ter boa ou má reputação. Procure referências sobre seu fornecedor e o produto.
Informe-se com outros usuários dos mesmos produtos aos quais você tem acesso.
Encontre um fornecedor acessível e que saiba responder suas perguntas.

7) Testes de Qualidade

Cada lote de óleo de cannabis produzido deve ser testado em laboratório para detectar a presença de contaminantes como bactérias e fungos, de metais pesados ​​ou fertilizantes químicos. As análises químicas também ajudam a entender a proporção de cannabinoides e a presença de outros elementos como terpenos e flavonoides. 

8) Aspectos Físicos do Produto – cor, cheiro e textura 

Normalmente cores escuras significam contaminação, que pode não ser tóxica para o corpo, como por exemplo a clorofila, mas que em todo caso demonstram um produto menos puro, já que nenhum dos elementos ativos da planta tem pigmentação escura.
Uma textura densa pode indicar maior concentração, enquanto uma textura heterogênea significa má distribuição do produto no óleo carreador.
O cheiro pode te ajudar a identificar elementos indesejáveis, se for desagradável, melhor não adquirir. 


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Ainda que o mercado de produtos à base de cannabis esteja se ampliando no Brasil, uma das formas mais eficientes e seguras de garantir a qualidade do óleo é através do autocultivo, pois o cultivador acompanha o processo de produção, desde a origem da semente até sua etapa final, podendo avaliar se tudo está bem feito.

Hoje em dia os Habeas Corpus de Cultivo são uma permissão concedida pela justiça que possibilita ao paciente cultivar cannabis e produzir a medicação em casa. São mais de 200 pessoas que conquistaram na justiça esse direito e os pedidos não param de crescer. Ou seja, cultivar e produzir cannabis já é uma realidade para muita gente.

Saiba mais sobre as vantagens do auto-cultivo nesse link.

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Se você já está se preparando para esse futuro comece a investir em conhecimento.
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“Auto-cultivo – produção e uso  terapêutico da cannabis”. Para maiores informações vá na aba cursos em nosso site

Marcações:

12 comentários em “Como identificar a qualidade dos óleos da cannabis”

  1. Olá, bom dia!
    Tenho uma dúvida sobre a alteração da coloração do óleo após alguns dias de uso. Frasco recém aberto a cor é verde a após alguns dias fica meio roxinha a cor do óleo. Isso é normal de acontecer?

    1. Pedro Nicoletti Malazartes

      Isso pode acontecer como resultado da oxidação. Já vimos óleos com coloração avermelhada, ainda que não seja comum.

      1. Olá, preciso de ajuda. Sempre comprei o CDB de uma empresa e sempre veio clarinho. Porém na última compra o óleo veio marrom escuro. Isso significa que está contaminado? Estou com muito medo de consumir . Obrigada!

        1. Olá Camila. A coloração escura em geral se dá pela presença de clorofila. Apesar de ela ser considerada uma impureza no óleo, visto que o que se pretende com um óleo de cannabis são suas substâncias ativas a clorofila em si não traz nenhum perigo nenhum para o usuário.

  2. Ivonete Moreira Souza

    Bom dia.Sabe me dizer se o óleo de Canabidiol costuma ser transparente sem cheiro e sem gosto.

    1. Depende Ivonete. Uma das coisas que é preciso observar é o tipo de diluente que ele é feito. Muitas vezes o cheiro que sentimos é do diluente. Por exemplo: se for um óleo de côco TCM (Triglicerides de Cadeia Média) não terá nenhum cheiro. Aí tem que ver também o método de extração do extrato de cannabis. Se for uma extração que preserva os terpenos pode ter um aroma bem característico da cannabis. Mas tem alguns tipos de extração que não mantém os terpenos… aí o óleo pode ficar sem cheiro também.
      Resumindo: pode ter cheiro e pode não ter cheiro. Depende do tipo de extrato e do diluente que foi usado na produção do remédio.

  3. Olá! Gostaria de tirar algumas dúvidas por gentileza!

    Em dias um pouco mais frios é comum o óleo ficar grosso, denso?

    O gosto lembra óleo de coco?

    1. Olá MP. É comum notar alteração na densidade do óleo com diferentes temperaturas sim. Tem alguns tipos de óleo como o óleo de côco, que chegam a cristalizar. Sobre o sabor, dependendo do tipo de óleo usado pode lembrar o sabor de côco sim. No caso da SouCannabis trabalhamos com o MCT como diluente. Ele é um óleo de côco processado de maneira que não cristaliza e não tem sabor. Porém, creio que com o frio e dependendo dos terpenos que se apresentam no óleo, pode ser sentido algum sabor do óleo base, no caso o côco.

    1. Pode ser normal sim Suelen. Mas não é possível garantir a qualidade somente pela descrição do sabor. Se você obteve o acesso através da SouCannabis, pode ficar tranquila que temos um controle de qualidade rigoroso e certamente seu óleo corresponde aquilo que foi indicado.

  4. Olá
    Comprei um frasco dr 20 ml.de cdb 100 MG, ele veio com a cor bem.escura e coma textura de água, cheiro característico da cannabis , fiquei com receio de tomar. É normal?
    Pq fica dessa cor ?

    1. Olá Rose! Teriamos que saber um pouco mais de informações sobre o óleo que você comprou. Pode ser normal esses sinais sim. Preincipalmente se tem cheiro de cannabis. O fato de ter textura de água, pode ser por conta do veículo utilizado… na SouCannabis utilizamos o MCT que é um excelente carreador. Ele tem uma baixa viscosidade e um sabor praticamente neutro, o que acaba tornando perceptível apenas o sabor do extrato de cannabis utilizado. A cor bem escura em geral se deve pela presença de clorofila. Isso não é um problema. Mas quanto mais claro, maior é o indicativo de que o óleo não contém outras substâncias além das farmacologicamente ativas que procuramos quando adquirimos um produto a base de cannabis.

      Se você adquiriu o seu óleo através da SouCannabis, sinta-se a vontade para conversar com nossa equipe de acolhimento preenchendo o formulário de solicitação através do nosso site. Teremos o prazer de ajudá-la.

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