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Descubra 5 benefícios da Cannabis para Leucemia

Pesquisa brasileira premiada revela que a planta pode induzir a morte programada de células cancerígenas.

A Leucemia é um tipo de câncer que afeta as células-tronco da medula óssea, responsável pela produção de células sanguíneas. A doença leva a uma produção descontrolada de glóbulos brancos, comprometendo funções essenciais do organismo, como o transporte de oxigênio, a coagulação do sangue e a defesa contra infecções.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2023 e 2025, a estimativa é de 11.540 novos casos de leucemia por ano no Brasil, o que equivale a uma taxa de 5,33 casos para cada 100 mil habitantes. Desses, 6.250 casos devem ocorrer em homens e 5.290 em mulheres, atingindo desde crianças até idosos.

Em resposta a esses números, o governo federal promove a campanha, Fevereiro Laranja, voltada para a conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea. Como o transplante de medula é uma alternativa crucial para muitos pacientes, a campanha busca sensibilizar a população para aumentar o número de doadores.

Quais sintomas podem indicar a Leucemia

Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso no tratamento. Caso a pessoa apresente algum desses sinais descritos abaixo, é fundamental procurar um médico e realizar exames laboratoriais, como o hemograma, que pode ajudar na identificação precoce da doença.

  • Cansaço excessivo e fraqueza;
  • Palidez;
  • Sangramentos espontâneos;
  • Perda de peso sem explicação;
  • Febre persistente.

A Cannabis e seu potencial no tratamento da Leucemia

Um estudo inovador, intitulado “Estudos in vitro e in vivo de Indução de Apoptose em Mieloma Múltiplo por Óleo de Cannabis”, trouxe descobertas surpreendentes sobre o uso do óleo de Cannabis no combate à leucemia.

A pesquisa, conduzida pela doutoranda da USP, Marissa El Hajje, mostrou que a administração de 20 mg de Cannabis por quilo de peso corporal conseguiu induzir a morte programada de 75% das células cancerígenas. Esses resultados foram premiados durante o Congresso de Cannabis Medicinal e demonstram a relevância dessa abordagem terapêutica.

Em comparação, um dos quimioterápicos convencionais mais utilizados no tratamento convencional da doença, a Doxorubicina, apresentou uma taxa de eficácia de 0% na indução de apoptose no mesmo estudo.

Além disso, os pesquisadores observaram uma redução significativa no inchaço do baço, um dos órgãos afetados pela leucemia. Esses resultados destacam o potencial da Cannabis como uma ferramenta terapêutica promissora, não apenas para a leucemia, mas para outros tipos de câncer.

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Benefícios da Cannabis no tratamento da Leucemia

A Cannabis tem demonstrado benefícios significativos tanto no combate às células cancerígenas quanto no alívio dos sintomas da doença e dos efeitos colaterais da quimioterapia. Confira cinco dos principais benefícios:

Alívio da dor: Duas pesquisas, uma delas publicada no Exploration Publishing e a outra no  PubMed, os canabinoides atuam nos receptores do sistema nervoso, reduzindo a percepção da dor, um dos sintomas mais debilitantes para pacientes com câncer.

Controle de náuseas e vômitos: O Instituto Nacional do Câncer, aponta que os canabinoides podem ser mais eficazes do que algumas medicações tradicionais no controle dos efeitos colaterais da quimioterapia.

Estimulação do apetite: A perda de apetite e o emagrecimento extremo são desafios comuns para pacientes com leucemia. A Cannabis, principalmente o THC, auxilia na recuperação do apetite e melhora a nutrição. É o que revela a pesquisa publicada nesse artigo científico

Potencial anticancerígeno: Estudos preliminares indicam que compostos como THC e CBD podem induzir a morte de células leucêmicas, conforme revela esse artigo publicado na plataforma WeCann

Melhoria do bem-estar emocional: Além dos sintomas físicos, a Leucemia pode afetar a saúde mental dos pacientes. A Cannabis medicinal tem mostrado potencial para reduzir ansiedade e depressão

O que explica essa diversidade de resultados positivos para o paciente com Leucemia é que a composição química da planta, com mais de 100 canabinóides ativos, além dos terpenos e flavonóides, se conectam com o Sistema Endocannabinoide, presente em todo o corpo humano.

Através de um esquema parecido com o de chave e fechadura, essas substâncias ativam o sistema que é responsável por promover uma homeostase no organismo, modulando todas funções vitais, promovendo mais qualidade de vida ao paciente.

Métodos de uso de produtos de Cannabis

O uso da Cannabis no tratamento de Leucemia pode ser feito de diferentes formas, dependendo dos sintomas que se deseja tratar.
Aqui estão os principais métodos de administração:

  • Óleo de Cannabis (sublingual ou cápsulas): Forma mais comum e segura para uso terapêutico.

Como funciona: Aplicado sob a língua (gotas) ou ingerido em cápsulas.
Vantagens: Absorção controlada e efeitos prolongados, fácil ajuste da dosagem, baixo risco de irritação pulmonar.
Indicação: Controle da dor, inflamação, náuseas, insônia e efeitos colaterais da quimioterapia.

  • Vaporização (Inalação de extratos ou flores): Para alívio rápido de sintomas como náusea, dor e ansiedade.

Como funciona: A Cannabis é aquecida a temperaturas controladas sem combustão, evitando a inalação de fumaça.
Vantagens: Efeito quase imediato (em poucos minutos), ideal para crises de náusea, vômito ou dor intensa.
Indicação: Pacientes que precisam de um efeito rápido e têm dificuldade em engolir ou digerir óleos/cápsulas.
Atenção: Deve ser feito com equipamentos próprios (vaporizadores) e não é recomendado para pessoas com problemas pulmonares.

  • Tinturas e sprays orais: Alternativa rápida.

Como funciona: Aplicado diretamente na mucosa oral.
Vantagens: Absorção mais rápida que o óleo tradicional, Discrição no uso diário.
Indicação: Controle da dor, ansiedade e melhora do sono.

  • Comestíveis (gomas, chocolates, etc.): Para quem não quer ou não pode usar óleos ou inalar.

Como funciona: Os canabinóides são absorvidos pelo sistema digestivo.
Vantagens: Efeito mais duradouro (mas demora mais para fazer efeito, de 30 a 90 minutos).
Indicação: Uso diário para controle de sintomas persistentes, como dor crônica e insônia.
Atenção: Difícil ajuste da dose e risco de efeitos prolongados caso a dose seja muito alta.

  • Supositórios (Retal ou vaginal): Alternativa para pacientes com dificuldade de ingestão ou vômito constante.

Como funciona: Absorção pelo reto ou pela mucosa vaginal.
Vantagens: Rápida absorção sem passar pelo fígado< Evita efeitos colaterais gastrointestinais.
Indicação: Pacientes com náuseas severas ou que não conseguem tomar medicamentos por via oral.

Qual método escolher?

A escolha do método depende dos sintomas, da tolerância do paciente e da orientação especializada. O ideal é começar com doses baixas e progressivas sob supervisão profissional, afinal, cada pessoa possui uma resposta ao tratamento, já que a interação dos canabinoides da planta com o sistema endocanabinóide é única. 

Para alívio rápido: Vaporização ou tinturas.
Para efeitos duradouros: Óleo, cápsulas ou comestíveis.
Para quem não pode ingerir nada: Supositórios.

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Considerações sobre o uso da Cannabis para a Leucemia

Embora os benefícios da Cannabis no tratamento dos sintomas da Leucemia sejam promissores e a base de evidências científicas sobre o uso da Cannabis no tratamento do câncer segue crescendo, é preciso mais investimento em pesquisas, além da criação de uma regulamentações que possibilitem seu uso seguro e eficaz para os pacientes que mais precisam.

O tratamento com Cannabis para Leucemia pode trazer algumas vantagens em relação aos tratamentos convencionais, como a quimioterapia e a radioterapia. No entanto, ele geralmente é usado como terapia complementar e não substitui os tratamentos tradicionais. Além disso, pacientes imunocomprometidos devem ter cautela, especialmente com a inalação de Cannabis, pois há risco de infecções pulmonares. Por isso, é essencial consultar um profissional especializado antes de iniciar qualquer terapia com Cannabis.

Fontes e referências:

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