Neste artigo discutimos os benefícios do uso de canabinoides para redução de sintomas comportamentais e cognitivos no tratamento para autismo.
Estudos e pesquisas apresentam resultados promissores no tratamento para autismo
A cannabis tem sido explorada como uma alternativa terapêutica no tratamento do autismo, promovendo alívio para sintomas significativos desta condição, incluindo irritabilidade, ansiedade, agressividade, insônia, crises sensoriais e convulsões.
Por sua vez, o mês de Abril é destacado por enfatizar essa causa. Assim, o dia 2 promove a Conscientização Mundial do Autismo. É crucial, portanto, discutir os benefícios potenciais do uso da cannabis não apenas para os indivíduos autistas, mas também para aqueles que os cuidam e convivem com eles.
“O uso da cannabis é um recurso terapêutico muito precioso para o tratamento do autismo pois é seguro e traz resultados positivos, isso é cada vez mais evidente nas pesquisas e na atuação clínica”, declara o Dr. Paulo Fleury Teixeira, médico generalista atuante na área da medicina preventiva e cannábica.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), até hoje, não tem cura. Contudo, a farmacologia tradicional oferece algumas medicações alopáticas, como drogas antipsicóticas, antidepressivos ou ansiolíticos químicos. No entanto, o uso dessas substâncias deve ser restrito apenas a casos mais graves.
“Os canabinóides, como o THC e o CBD são muito mais seguros em nível de toxicidade para o organismo que os remédios tradicionalmente receitados para autistas, podendo a cannabis ser substitutiva ou usada parcialmente, o que possibilita reduzir a dosagem das drogas tradicionais por uma medicina natural”, pontua o Dr. Paulo Fleury.
Estudos avançam na aplicação da cannabis como tratamento. Revelam que o CBD intensifica atividades cerebrais específicas em pessoas com TEA. Isso melhora a interação social e ameniza sintomas cognitivos e comportamentais, elevando a qualidade de vida do paciente com TEA.
“Da clínica que eu exerço e do que já há de publicação de pesquisa em termos de estudos sobre esse tema o que se observa, num percentual significativo das crianças, é uma melhora dos aspectos psico-comportamentais mais extremos como agressividade, irritabilidade, ansiedade, hiperatividade, déficit de atenção, distúrbio de sono, epilepsia, crises convulsivas, é possível conseguir com o uso regular da cannabis um controle seguro e uma melhora acentuada desses sintomas. Há também uma melhora significativa no desenvolvimento motor e cognitivo, além da melhora na interação social”, revela Dr.Paulo Fleury.
E como surgiu essa data?
Em 2007 a ONU instituiu o dia 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Essa data tem como objetivo chamar a atenção da população para a importância de conhecer e tratar o transtorno, que afeta hoje cerca de 70 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Em 2007, a ONU instituiu o dia 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.
Esta data visa chamar a atenção da população para a importância de conhecer e tratar o transtorno, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, afeta cerca de 70 milhões de pessoas globalmente.
Subsequentemente, em 2018, esse dia entrou oficialmente no calendário brasileiro, mostrando o crescente reconhecimento dessa causa.
Um dos marcos significativos nessa luta foi a criação da Lei Berenice Piana em 2012, que estabelece direitos fundamentais.
O acesso a diagnóstico precoce, tratamento adequado, terapias e medicamentos pelo Sistema Único de Saúde; educação inclusiva e proteção social; bem como oportunidades equitativas no trabalho, são possíveis por conta dessa lei.
Além disso, em 2020, criou-se a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). Os interessados podem solicitar esse documento gratuitamente e de maneira online através do site ciptea.sp.gov.br/.
A legislação garante serviços essenciais como pronto atendimento e prioridade em áreas de saúde, educação e assistência social para portadores da carteira.
Por fim, essa lei é popularmente conhecida como Lei Romeo Mion, em homenagem ao filho do apresentador Marcos Mion, que é portador de TEA, destacando o impacto pessoal e social da legislação.
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