A proposta do estudo é avaliar o impacto do movimento associativo no modelo regulatório da cannabis medicinal no Brasil
O Pro. Dr. Paulo José Reis Pereira convida as associações de cannabis para participarem de uma pesquisa financiada pela Fapesp e CNPQ até o dia 24 de abril.
O objeto da pesquisa é analisar qual o papel das associações na construção de um modelo dregulatório do uso da cannabis para fins terapêuticos.
“O intuito do projeto é compreender alternativas à regulamentação pró-lucro da cannabis e entender qual o papel das associações na construção de uma regulamentação alternativa, pautada em justiça social e acesso democrátrico aos produtos à base de cannabis, principalmente por considerar que muitas delas partem da desobediência civil para oferecer os produtos de cannabis. Essa reflexão vai orientar o entendimento do Brasil, que não tem uma regulamentação formal, mas que tem iniciativas da sociedade civil, que se articulam com outros grupos e movimentos sociais, para viabilizar o acesso desse tratamento como um direito à saúde”, explica o pesquisador.
Para entender esse contexto em que associações se esforçam e se expõem para poder oferecer saúde é muito importante que o maior número possível de associações cannabicasrespondam o questionário.
O diferencial das associações de cannabis
O associativismo cannabico surge no país a partir da necessidade de atender pacientes que optaram pelo uso da planta para tratar suas patologias, mas que não encontraram, nem na rede pública e nem na privada, profissionais que pudessem prescrever esse tratamento.
A partir da união de pessoas engajadas nesse contexto, coletivos foram se formando pelo Brasil e foram transformando a realidade muito antes de qualquer tipo de regulamentação de fato existir.
Hoje são mais de 100 grupos que trabalham com o uso da cannabis terapêutica atendendo cerca de 70 mil pacientes em todo território nacional.
O papel social das associações de cannabis
O modelo associativo. por não ter fins lucrativos, se apresenta pautado em justiça social e acesso democrátíco ao tratamento com cannabis.
Esses grupos oferecem tratamento, acolhimento terapêutico e produtos à base de cannabis, como garantia de saúde e qualidade de vida.
As associações conseguem atender pessoas em condição de vulnerabilidade social, oferecendo tratamento a baixo custo e muitas vezes de forma gratutita.
“Nós atendemos muitas pessoas que não poderiam jamais pagar pelo tratamento, essa é uma política que adotamos desde que a associação começou. Nós conseguimos reverter uma parte do valor dos atendimentos pagos para levar o tratamento para quem não pode pagar”, explica Thavila Kaline, gerente de acolhimento da SouCannabis.
Além disso, promovem a geração de empregos, o desenvolvimento das comunidades no entorno e fomentam as pesquisas científicas junto às Universidades.
“O Dr. Paulo procurou a Fact para que pudesse ser ponte entre a pesquisa dele e as associações federadas e nós de pronto atendemos seu pedido, pois sabemos da importância de construir um modelo regulatório do uso da cannabis que leve em conta o associativismo”, enfatiza Ângela Aboin, coordenadora geral da Fact – Federação das Associações de Cannabis Terapêutica.
Desobediência Civil
Das 100 associações presentes no país, somente seis podem plantar e produzir os remédios para os pacientes.
Elas precisaram começar praticando a desobediência civil, ou seja, plantando e produzindo os produtos de forma ilega,l até conseguiram provar na justiça que milhares de pacientes dependem do tratamento que elas oferecem.
Essa medida fez com que a justiça, através de comarcas estaduais e federais, reconhecessem a importância desses coletivos e concedesse um salvo conduto, chamado Habeas Corpus, para proteger a liberdade das associações de seus integrantes.
Além disso, as associações que plantam seguem um modelo sustentável de produção o que garante produtos de qualidade e como consequência, tratamentos eficientes e seguros.
Fato é que as associações vem promovendo qualidade de vida para milhares de pacientes, um direito previsto na coinstituição, mas que o Estado ainda não implantou uma política de acesso seguro e democrático aos seus cidadãos.
Por isso, a importância de pesquisas como essa, que vão desenhar essa realidade mostrando a importância de um modelo regulatório que valorize as associações de cannabis.
“O Brasil tem uma contriubuição para oferecer a partir desse modelo associativo, que se difere de outros países. O resultado da pesquisa será apresentado em um evento internacional de política de drogas, na Bélgica”, revela o professor e pesquisador.
Faço uso de canabidiol e não estou conseguindo fazer o pedido pq vem de fora do Brasil e está muito caro. gostaria de comprar por essa associação ,por favor me ajudem, tenho 81 anos sou cadeirante e sofro muito com dores neuropática
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